terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".


Antes idiota que infeliz!













(Arnaldo Jabor)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

para voltar para ontem, sem temer o futuro e olhar pra hoje cheios de orgulho.
eu voltaria atrás no tempo!

domingo, 20 de dezembro de 2009

diálogo

— E você, por que desvia o olhar?


(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)


— Ah. Porque eu sou tímida.










# Rita Apoena

Raffaela ♥


Eu pensei que seria fácil falar de você e do quanto você é especial e significa para mim, mas agora que eu começei, percebi o quão complexa essa tarefa é.
Dizer que eu gosto de você é bem pouco. Eu realmente te adoro! Tu é uma das pessoas mais incríveis que eu já encontrei.
A gente não tem se falado com tanta frequência como antes, mas nem por esse motivo sua amizade deixou de ser menos significante.
A gente já brigou e eu achei que nunca mais nos falaríamos. Mas afinal, tudo deu certo no final e continuamos firmes e fortes.
Sei que não nos encontramos frente a frente ainda, mas eu acredito em nós duas e na amizade que temos. Acredito na pessoa linda que você é!
Poder te chamar de "mana" é maravilhoso, realmente é, e eu espero poder te chamar assim quando te abraçar, no nosso 1º encontro.
Sou péssima com coisas como essa, mas acho que nos conhecemos a uns dois anos, mais ou menos, e nesse tempo você dividiu segredos, problemas e alegrias comigo e eu realmente só tenho a te agradecer. Por tudo mesmo!
Vou estar do teu lado sempre que você quiser que eu esteja. Que o que temos possa durar por muito mais tempo e que jamais esqueçamos uma da outra.
Obrigada por existir e por ter entrado na minha vida, dona Raffaela. Eu não seria a mesma sem você! Te amo ♥

sábado, 19 de dezembro de 2009

atividade paranormal


Me falaram tanto desse filme, mas tanto, que eu decidi ir pro cinema assistir.
Sempre fui desconfiada com filmes de terror. No geral eles não me assustam ou amedrotam, e eu simplesmente detestaria pagar para assistir algo e não gostar. Mas eu sempre os assisti em casa, não no cinema. E as coisas podiam ser diferentes!
E o quê foi que aconteceu com Atividade Paranormal? EXATAMENTE ISSO! .-.
Eu esperava sair chorando do filme, gritar, ficar com medo de dormir à noite (são exatamente meia noite aqui, enquanto escrevo isso) e tudo mais. Achei mesmo que esse filme seria um bom filme de terror, tanto pelo formato de "documentário" tanto quanto pelo trailer, com as pessoas parecendo assustadas. E no final do filme só consegui dizer "É isso?! Eu paguei 7,o0 por isso?!"
Sabe, ou eu virei imune a filmes de terror ou as pessoas ao meu redor ficaram sensíveis demais.
O filme todo é feito com as images do casal... Tá, ok. É para ser tudo real. E deixando de lado as críticas, o final do filme é bom. Digo... a forma como as coisas se passam. Não digo que é legal duas pessoas morrerem, mas enfim! A forma como a mocinha é puxada pela perna pela coisa e /spoilerq
Esse filme me fez pensar em certas coisas. Eu nunca fui exatamente muito religiosa, aliás, eu me considerava agnóstica de carteirinha, mas (principalmente) depois da queda da minha mãe e da sorte que eu tenho de nunca ter me acontecido nada, só pude concluir que: se Deus realmente existe, Ele gosta, se importa e cuida de mim. E de repente me vi acreditando nEle. Não leio a bíblia e nem faço orações todos os dias, mas comunhão com Deus não é isso somente. Enfim, não vou entrar no mérito.
Antes mesmo de assistir o filme, eu já pensava em coisas do tipo "se as pessoas vêem fantasmas, espíritos, anjos e são possuídas por demônios... Porque então achar que Deus não existe, se as criaturas contrárias a Ele estão por aí?"
Depois desse filme esse meu pensamento se tornou mais sólido. Aliás, antes! Logo depois de assistir O Exorcismo de Emily Rose.
Enfim, não vai ser agora que eu vou sair dizendo pras pessoas acreditarem em Deus. Mas se elas acreditam em demônios, porque não acreditar nEle? As coisas estão ligadas, e pelo filme, só Deus mesmo para salvar, hein! :P
Er, mais um post inútil para minha coleção. Tava só afim de escrever, anyway.
F I N I T O !

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

1ª fase - UFRN



Eu passei o dia todo, desde que levantei da cama, com crise de gastrite por causa da ansiedade, do medo de não conseguir.

Eu nem sequer tentei olhar no site, eu sabia que ele estaria congestionado e isso só me faria pirar de vez. Foi quando a Kamilla me ligou e disse o meu resultado. (Amiga, eu sei que não foi dessa vez para você, mas fé em Deus que você conseguirá dá próxima, só se dedicar de corpo e alma e pensar positivo!) E depois Calline ligou também! :D

Eu fiquei feliz PARA CARALHO e nem era o resultado da segunda fase ainda. Ganhei abraços em casa e várias pessoas me ligaram para me dar os parabéns, outras deram por Orkut mesmo. São coisas assim que fazem com que alguém se sinta querido ;-)

Enfim, tendo ou não uma aprovação total, eu já estou bastante contente por essa conquista. Ver que meus esforços e sacrifícios valeram a pena, é extremamente recompensador!

Obrigada, meu Deus! *--*

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

martelo bigorna

tanto choro e pranto,
a vida dando na cara,
não ofereço a face nem sorriso amarelo!
dentro do meu peito uma vontade bigorna,
um desejo martelo!

tanto desencanto,
a vida não te perdoa.
tendo tudo contra e nada me transtorna!
dentro do meu peito um desejo martelo,
uma vontade bigorna!

domingo, 6 de dezembro de 2009

eu tô me sentindo um lixo. eu criei um hábito, aliás, uma necessidade de precisar de algumas palavras para me sentir mais feliz durante o dia. quando a gente não troca uma palavra qualquer que seja, é como se o meu dia inteiro não valesse a pena, como se não fosse proveitoso. o pior, é que quando eu não falo com ele eu fico me alimentando das lembranças e dos possíveis momentos juntos, no futuro. e eu me sinto um lixo por precisar tanto de alguém assim. de me importar tanto com alguém. de me sentir tão esgotada, tão necessitada, cansada da espera, mas sem conseguir conviver com a possibilidade dela não existir. isso não pode ser saudável, mas... isso não importa realmente. virou um vício: eu preciso dessas coisas, dessas palavras, desses planos, caso contrário eu fico num estado infeliz.


eu tive minha cota hoje, uma boa cota. e essas cotas vêm sendo maiores a cada vez. e eu tenho medo de que isso acabe. eu não quero que acabe.






"esperar é um tormento!", você disse.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Where all this tears come from ?
It fells like it never dried...
" (...) Foi nessa semana que Laila se convenceu de uma verdade: de todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar ".






# A Cidade do Sol ; Khaled Hosseini